no calor do fim da tarde

entro em minha casa, sabia que pouco depois também chegarias. tiro a roupa toda a deito-me na minha cama à tua espera. eu sei que me queres assim, tal como eu estás cheio de saudades. dei-te a chave de minha casa para puderes cá vir quando quiseres. 

não espero mais do que cinco minutos e a campainha toca, então não tens a chave? 

vou abrir-lhe a porta completamente nu. ele olha para mim surpreendido mas depois faz um sorriso maroto.

abraça-me e beija-me. apalpa-me a nádega esquerda enquanto a direita fica com ciumes. esqueci-me das chaves diz ele.

volto para a cama e ele vem atrás de mim. tira a roupa e mete-se debaixo dos lençóis para que que se crie uma transferência de energia térmica entre nós. beijo atrás de beijo, caricia atrás de caricia, ainda mais beijos e o resto... o resto foi ainda melhor. a paixão é tanta.

eram mais ou menos 18h30 quando nos deixamos ficar pela cama deitados.

será desta que vamos conseguir ver um filme até o fim? começamos a ver um filme mas estava a ser aborrecido, não conseguia prender a minha atenção no filme e vez de na minha mão que passeava pelo rabo dele. passado uma hora de filme eu já não conseguia mais, desliguei o portátil e a história repetiu-se. 

estes momentos sabem tão bem...

tínhamos de jantar, a fome apertava então fomos jantar fora para não andarmos com trabalho a cozinhar, ontem não nos apetecia. 

jantamos e passeamos, falamos do que queremos e não queremos entre muitas picardias e brincadeiras que te fez dizer que a partir dali só serias meu amigo. pois pois, quase que conseguirias só ser meu amigo.

a despedida no metro, numas escadas desertas, um, dois, três, dez beijos apaixonados e um grande abraço. quinta feira voltamos a estar juntos.